Na minha sala existem mesas grandes e riscadas, alinhadas como carros num parque de estacionamento.
Existem cadeiras baixas, leves e riscadas. Quando os meninos estão sentados nelas, lembro-me do trânsito na autoestrada.
O quadro em frente às mesas parece um monstro grande, sujo e cortado a meio.
O quadro interativo é branco e fixe. Parece um extraterrestre.
As janelas são grandes, como quadros cheios de luz e cor.
O quadro de cortiça, ao fundo da sala, parece um monstro silencioso, grande, sujo e riscado.
Há também o cabide velho e grande. Os seus ferros parecem garras de leopardo agarrando os nossos casacos.
No fundo da minha sala, junto ao quadro de cortiça, existem dois computadores. Parecem dois olhos que nos estão a espiar.
Gosto especialmente dos suportes das lâmpadas que se encontram presos ao teto. Parecem tabuleiros de xadrez.
Quando entro na minha sala e abro a porta, parece que entro numa outra dimensão.
Ah! Já me esquecia: junto ao quadro negro temos a secretária do professor, igual a todas as outras.
Na sala também estou eu. Sentado à frente pareço uma esponja a absorver o máximo de informação.
Diogo João. Moura de Carvalho, nº7, 5ºA
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