segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Coraline - (Conclusão)

    Coraline, com medo de perder os pais, corre rapidamente, para o quarto para ir  buscar a boneca que lhe era mais preciosa, por ser tão parecida com ela, apesar de ter dois  botões no lugar dos olhos. Pegou nela e dirigiu-se, nervosa, para aquela portinha muito pequenina que dava acesso ao mundo mágico, onde viviam os outros pais iguaizinhos aos reais.

     Atravessou o túnel que ligava os dois mundos, apesar do pânico que tinha às imensas  teias de aranha que lhe varriam a cara como se fossem as cerdas fininhas de uma vassoura. Era um sítio sujo, com pedras e ratos que chiavam por todo o lado.

      Quando chegou ao fim do túnel, abriu a portinha e viu a sua mãe malévola transformada num monstro, com a mão levantada, em posição de quem vai dar uma estalada. A boneca, repentinamente, ganhou vida e saltou-lhe das mãos rechonchudas. Coraline fechou os olhos para a dor ser menor. Mas… não sentiu nada. Abriu os olhos e viu a sua mãe malévola parada a olhar atentamente para a boneca que tinha nas mãos. Ela percebeu que aquela boneca era a sua filha e Coraline perguntou se podia ter os seus pais de volta. Ela, a chorar, disse que podia.

A mãe malévola libertou-os da jaula, devolvendo-lhes as suas almas.

A família de Coraline foi para a sua casa e a outra família ficou a comemorar o regresso da filha.

Guilherme Cardoso

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